domingo, 1 de dezembro de 2019


TRIBUTO AOS VENCIDOS NÚNERO 3 – YURI!

https://www.youtube.com/watch?v=9yKKsEPxEw0


No dia 25 de julho de 2019, ainda em vida, o jovem Yuri B de Oliveira postou em seu Facebook alguns versos de uma canção do inesquecível cantor e compositor brasileiro, Taiguara. Podemos ler na rede social desse menino que, a pouco nos deixou em prantos: "🎶 E que as crianças cantem livres sobre os muros, e ensinem sonho ao que não pode amar sem dor, e que o passado abra os presentes pro futuro, que não dormiu e preparou o amanhecer...🎶"
Nesse dia 25 de julho, Yuri refletia sobre um dos mais profundos versos do já falecido cantor e poeta. Radicado no Brasil, nascido em Montevidéu, no Uruguai, Taiguara é considerado um gênio da música da época da ditadura militar. Viveu o cantor, intensamente os porões da ditadura, é sem dúvida, disparado, na minha opinião, o maior e melhor compositor brasileiro, não ficando atrás, nem de Chico Buarque ou de Gilberto Gil, seja no quesito letra ou harmonia, um letrista inimaginável, um instrumentista fantástico. Sem dúvida, Taiguara revelou em suas letras e canções, nossas feridas históricas e nossas cicatrizes culturais. Na introdução da música, Taiguara expõe sua situação musical perante a censura da época. E, o menino Yuri parecia entender muito bem o que ali se passava.
“Dona Marina, isso é uma aliteração, a senhora sabe que é uma aliteração!” Afirmava o músico à sua parceira de composição forçadamente imposta pela ditadura, e, logo, detalhadamente, explicou em versos cantando: "Você paga o pão, o pó, a pedra, a pólis e a poluição." Toda essa circunstância vivida pelo cantor, certamente, o jovem Yuri, em certo sentido, talvez, nesse dia percebera a clareza e a beleza dos versos, mais que isso, tenho quase certeza, “ele soube perceber, aquela estranha força que apropria, explora e mata a beleza da vida.
Se acessarmos sua rede social, é possível compreender um pouco sua trajetória de vida, seu estilo de pensamento, “seu modo simples de ser”, mas, também, é perceptível, sua profunda insatisfação com a crueldade do sistema social. É possível perceber sua alegria de viver, mas, também sua luta incansável para permanecer enraizado nesse solo de ninguém. É possível perceber sua profunda angustia, sofrimento e aflição, nessa intensa, esmagadora e infinita dor, revelada finalmente, em sua última postagem.
Carrascos Yuri, Carrascos! Conheço este tipo de longe, desde pequeno aprendi e percebi rapidamente suas artimanhas. Algozes sempre estão e estarão à espreita!
Em 1963, Aldo Huxley escreveu: “Sabemos a espécie de sociedade de que gostaríamos de ser membros e que tipo de homens e mulheres gostaríamos de ser., no entanto, quando se trata de decidir como atingir o nosso alvo, a babel de opiniões conflitantes desencadeia-se. Quot homines, tot sententiae. No que se refere aos últimos fins, a afirmação é falsa; com referência aos meios, é praticamente uma verdade. Cada um de nós tem o seu próprio remédio patenteado, garantindo a cura de todos os males da humanidade, e, tão apaixonada, em muitos casos, é a crença na eficácia da panaceia que os homens estão preparados para sua causa, matar e serem mortos.”
Sua partida Yuri, e a de tantos outros/as como você, é um convite definitivo para aprendermos o amor. Amar não significa passar a mão na cabeça de ninguém! Amar é envolver profundamente com vida do outro em sua alteridade. Amar é saber entender o existencial do outro, o rosto do outro. A postagem de Yuri, em definitivo, é um convite para aprender o amor, a bondade, a afeição, o afeto, a afabilidade, a inclusão, a benevolência, a amizade, a compaixão, a clemência, a benignidade, a partilha, a compreensão, a dedicação e a fraternidade entre nós! Aqui sim, temos, de fato, uma tarefa árdua, diferentemente dos textos que escrevemos. Costumo ler isso na introdução de muitos textos: “Esse trabalho é uma tarefa árdua” ; “pesquisar esse objeto é uma tarefa árdua”; mentira, enganação pura! A quem queremos enganar ou convencer? O desafio de aprender a amar sim, verdadeiramente é uma tarefa árdua e intensa. Uma coisa me incomoda profundamente nessa vida, é que, “sabemos tão facilmente aprender todo tipo de insignificância e banalidades, sabemos perfeitamente praticar o ódio! Entretanto, o amor fica sempre distante. Uma cultura de morte há muito se instalou entre nós! Se é verdade que, é impossível pisar nos freios como escreveu, o brilhante, Yuval Noah Harari, em seu livro Sapiens, pelo menos, eu afirmo: é possível cultivar um pouco de amor, um pouco de bondade, um pouco de afeição, um pouco de cuidado e afeto com o outro. E, aqui, não me refiro tão-somente ao papel que tem assumido a ciência ou as instituições de ensino, mas, toda e qualquer instituição social: as religiosas, políticas, jurídicas, econômicas, mercadológicas, dentre outras. Do ponto de vista do ensino, “que saibamos amar e compreender o/a estudante, em sua amplitude e totalidade existencial. Não importa se é jovem ou criança, se é azul ou preto, se é branco ou amarelo, azul ou verde. Amar é sobretudo, querer bem ao outro, só isso! Pelo menos um pouquinho, isso faz um bem danado!
Erik Hobsbawm, em 1991 já nos alertava, “Se a humanidade quer ter um futuro reconhecível, não pode ser pelo prolongamento do passado ou do presente. Se tentarmos construir o terceiro milênio nessa base vamos fracassar, ou seja, a alternativa para uma mudança da sociedade é a escuridão.”
Diferentemente, Yuri não fez aliteração tal qual Taiguara tão bem sabia fazer! Ele expressou de forma clara, límpida, nítida, precisa, sem rodeios, lúcida, Yuri soube escolher literalmente cada palavra, como um hábil poeta e escritor, revelou-nos sua dor e a de tantas e tantas outras pessoas que nos rodeiam todos os dias. Na sua cartinha de despedida e desespero, Yuri expressou sobre “a gravata que lhe sufocava”, aliás, poderia nem ser essa gravata. Ele retirou de seu coração, tudo aquilo que lhe importunava, extraiu de seu peito tudo aquilo que lhe magoava; retirou de seus ombros todo peso de uma vida, vida que o violentava! Vida, onde “o vento forte quebrava as telhas e as vidraças” de seu âmago. Assim, como Taiguara, em seus versos, Yuri, revelou sua realidade explorada por uma força estranha, que explora e mata. Cantou Taiguara: “Trago em meu corpo as marcas do meu tempo, meu desespero, a vida num momento, a fossa, a fome, a flor, o fim do mundo” ; “Trago no olhar imagens distorcidas, cores, viagens, mãos desconhecidas”; “ Hoje a minha pele já não tem cor, vivo a minha vida seja onde for. Hoje entrei na dança e não vou sair, vem, eu sou criança não sei fingir. Não, não foi egoísmo Yuri, não foi!
Repito, Yuri não fez nenhuma aliteração. Um engenheiro em potencial para por aqui, um poeta nato, para por aqui! Um jovem de vinte e poucos anos, se afasta de nós. Ele não foi o primeiro e nem será o último. Nessa minha trajetória docente tenho enxugado lágrimas e lágrimas de muitos estudantes, também, amparado mães e pais desesperados! Agora, entendo profundamente o elo que Yuri tinha com os versos do cantor Taiguara.
Mas, agora, amanheceu Yuri! Agora amanheceu Yuri!
🎶E que as crianças cantem livres sobre os muros, e ensinem sonho ao que não pode amara sem dor, e que o passado abra os presentes pro futuro, que não dormiu e preparou o amanhecer...🎶 Sim Yuri, agora amanheceu!
Carrascos Yuri, torturadores! Conheço a quilômetros de distância esse tipo, escuto de longe o ruído de suas correntes todos os dias. Desde muito jovem aprendi a desvendar sua linguagem refinada e erudita, ao mesmo tempo, aprendi a desvelar também suas intenções e ações enraivecidas e traduzidas em ódio. Algozes sempre estão e estarão à espreita! Tratando-se de Friedrich Nietzsche, Deleuze, traduziu um pouco de seu projeto: “Não encontraremos nunca o sentido de qualquer coisa, se não conhecermos qual é a força que se apropria da coisa, que a explora, que se apropria ou nela exprime”, Portanto, o projeto de Friedrich Nietzsche revela que “qualquer força é apropriação, dominação, exploração de uma quantidade de realidade."
Numa postagem do mês de janeiro de 2018, Yuri curtiu uma página intitulada “Graduação da Depressão”, com os seguintes escritos: “Antes que sua nota saia, eu quero que você lembre disso, você vale muito mais do que a nota em uma prova!”. Logo abaixo dessa página, uma foto do caderno de exame do Enem, nesse, bem no centro, com canetão preto, podemos ler a seguinte frase:
"VOCÊ VALE MAIS QUE ESSA NOTA!"
Aqui, nessa afirmação não estaria escondida essa força que domina, explora e arruína o verdadeiro sentido de uma instituição de ensino? Aliás, de qualquer instituição. Nós, homens e mulheres somos geneticamente dependentes dessa força estranha e exploradora. Em sem livro Sapiens, Yuval Noah Harari entende que, podemos até, por um breve instante estimular nossa bioquímica, “mas logo voltamos ao ponto inicial.” Aqui, ninguém salva meu caro, aqui ninguém escapa doutora! Exatamente por isso, foi dito por um sábio: “E, que ninguém se atreva a julgar o outro.” Sim, não devemos a ninguém julgar, isso não compete a nenhum homem ou mulher. Esfregar na cara uma idiotice é também amar em profundidade! Mas, que isso, não seja "a nossa justificativa" para estilhaçar vidros na existência individual do outro! Uma coisa é uma, outra coisa é outra. Sempre repito, fazer filosofia é saber distinguir o porco do leitão!
Numa perspectiva da suposta educação que propõe o suposto ministério dessa, em certo sentido, esse, arruína o sentido da educação e da escola, uma vez que, o suposto ministério não faz distinção entre esses termos. De fato, os grandes problemas humanos ou, “os problemas filosóficos surgem quando a linguagem sai de férias; as confusões de que nos ocupamos surgem quando a linguagem é como um motor funcionando à toa, e não quando está fazendo seu trabalho”, afirma o filósofo, Ludwig Wittgenstein. Perdido em sua finalidade, o Ministério da Educação é simplesmente um ministério das escolas, se pensarmos com fundamento linguístico, é um ministério das coisas da escola, ele, tão-somente cuida, "apenas das coisas da escola" e, não cuida daqueles/as que ali trabalham, docentes e servidores, esse suposto ministério não tem devido cuidado com aqueles que por ali se formam ou, pelo menos, lutam para tal. Pensou e escreveu Coêlho, “Escrevemos e falamos educação, mas lemos e entendemos escola.” Reduzida a educação a escola, as duas perdem sua natureza e seu sentido. Reduzida a coisa, ou, a um objeto a ser transmitido e socializado, a escola navega e afunda feito o Titanic. Obviamente, reduzida a coisa, deixa de ser processo de vida, logo, não emana alegria, ao contrário, avança em tédio e cansaço! Logo, a escola perde o que de mais nobre possui: “o saber”! Instrumentalizado, esse é encadernado e trancafiado num modelo e num esquema vazio. O “saber” ou, o “conhecimento” que por ali circula é morto, é aprisionado, é encarcerado, logo, não é vivo, não é borbulhante, não faz quem ali está, perceber o sentido da vida, da cultura, da beleza e da alegria de ser gente, mais que isso, não revela verdadeiramente o sentido do estudar e do ensinar. O saber é trancafiado em gavetas e distribuido socialmente. Instrumentalizado em um sistema de algoritmo. Sem dúvida, a escola é um espaço fragmentado, arrebentado, estilhaçado e fundamentalmente instrumentalizado, logo, o saber perde sua conotação científica, cultural, educativa, poética, dinâmica, artística em detrimento da maioria das pessoas que ali passam. O saber que ali circula, sendo morto, ao mesmo tempo, é socializado, com efeito, perde-se o pessoal, perde o coletivo, perde todo o mundo. Como um Titanic, a escola afunda sem perceber, seu sentido social se mistura com a banalidade, sua natureza e sentido ficam reduzidos ao mundo e a esfera do mercado. Só isso! A nobreza do ensinar e aprender foi destituída de seu trono. Nossos problemas de escola não estão, tão-somente, “na falta de dinheiro que é fatal”, nem, necessariamente, "no despreparo de muitos docentes, ao contrário, nossos problemas são problemas fundamentais de cultura, isto é, de formação cultural," explica Coêlho. São problemas, sem dúvida, de entendimento histórico, cultural e político de primeira grandeza. Nossas políticas públicas e educacionais não são educativas! Não leva ninguem a parte alguma. A clássica mão invisível de Adam Smith, nesse nosso tempo sem tempo, nunca foi tão incompreendida. Que pena!
Trazer aqui essa questão, é sem dúvida, trazer de volta o "Yuri e os seus", é de fato, não o esquecer. Esse não foi o seu último pedido em sua última postagem? Eis aqui, “um tributo a ele.”
Portanto, pensar o significado do sentido amplo da educação, bem como, investigar o sentido da dimensão educativa da escola e do trabalho que essa realiza, podemos perguntar: o que tem prevalecido como meta e prioridade na sociedade contemporânea? O sentido de educação é entendido como paideia, como cultura, como civilização, como formação viva e borbulhante do homem? Privilegia de fato a formação integral do homem e da mulher? O que se privilegia não é a escola entendida como lócus de criação e invenção de ciência, de cultura de humanidades, de artes, de letras, de dança, de música, do teatro, mas sim, lócus de plágio, de cópia e repetição, de violência, de chateação, de indisciplina, de domínio, de intrigas políticas, de sacanagem! Portanto, é muito mais lócus de desequilíbrio formativo, do que propriamente, espaço de conhecimento, de formação verdadeira e de saber. O que tem prevalecido não é a educação em seu sentido amplo. A técnica - o know-how, a ciência, o poder do mercado e das grandes empresas reduziram o sentido da educação à escola e essa à coisa. A educação em seu sentido pobre e rasteiro é socializada e transmitida, ao mesmo tempo, reduzida ao mundo produtivo: o ensino, a pesquisa, e a extensão são realidades que, além de fragmentadas, estão reduzidas também ao plano do comércio e das grandes empresas. A educação, em seu sentido pobre e rasteiro é socializada e enraizada ao mundo das estatística, dos números, das notas, do desempenho dos cursinhos, do resultado final do provão, dos antigos vestibulares, portanto, do Enem, (Exame Nacional do Ensino Médio) – do provão – Enade (Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes), isto é, do treinamento, do pontual, do efêmero, da eficiencia, da eficácia, da técnica e do consumo. Nada mais além do que essa pobreza! A própria dimensão educativa da escola, sobretudo, do ensino superior, se vincula ao mercado isso é fato. O ensino, a pesquisa e a extensão se confundem ao plano do mundo dos negócios. Essa é a realidade, e daí? Nós necessitamos aprender muito, ou seja, é preciso aprender a saber fechar a boca na hora certa! “ Muito mais que fechar a boca, precisamos voltar ao estudo! Sem dúvida, é preciso aprender novamente o que um dia aprendemos, o saber muda constantemente, ele não é pronto nem acabado, o conhecimento, é como uma no mar, ao tentar surfar, a onda já passou. O saber é dinâmico.
Precisamos todos nós,” assim como um vigia, “ficar mais atentos”, “sensíveis”, “e dar a mão, o abraço, o apoio, a palavra certa na hora certa. E como amigos/as e companheiros/as, colegas, docentes, agirmos sempre na busca do bem, da felicidade do outro.” (Coêlho)
Termino aqui esse simples tributo ao menino Yuri, implorando ao universo e ao deus escondido que, nos inspire: um espírito inteligente, santo, único, múltiplo, sutil , móvel, penetrante, puro, claro, inofensivo inclinado ao bem agudo, livre, benéfico, benévolo, estável, seguro, livre de inquietação.

sábado, 23 de novembro de 2019

COMO OS HUMANOS CONHECEM?

COMO OS HUMANOS CONHECEM? 
Para as/os estudantes de filosofia da educação da UFJ.



Como os humanos conhecem? Numa perspectiva linguística como isso acontece? Quando falamos, quando dialogamos, quando conversamos, até quando escrevemos, como ocorre a questão do conhecimento em nossa linguagem?
Existem três sentidos de conhecer: o da familiaridade, o da habilidade e o da proposicionalidade ou o proposicional.
Faz assim, é bom em primeiro plano, tomar os verbos "conhecer" e "saber" como sinônimos.
Como nós, humanos, conhecemos?
Por exemplo, o estudante de filosofia da educação, está a olhar para o quadro, entretanto, Luciene, sua colega de classe, afirma que Cleuzo sabe que o quadro é verde. Nada disso, ela não sabe se realmente Cleuzo sabe se o quadro é verde. Outro exemplo, você está em sua casa, com sua família e, logo alguém diz, o bebê da Jordana conhece a Adriana Borges. Supostamente esse alguém apenas afirma. Como esse alguém poderá saber isso com certa razoabilidade? Essas frases são frases que caracterizam o conhecimento por familiaridade. Tem algumas situações engraçadas, as vezes, escutamos as pessoas dizerem, "meu cachorrinho me conhece" , eu afirmo, não conhece não! Essa pessoa até poderá dizer isso, tem esse direito, no entanto, é tão-somente, uma suposição. Ou, outras vezes, dizem, "o leitãozinho conhece o lugar onde mora." Nunca! Frase da familiaridade também.
Mais um exemplo, você vai para a escola, escuta os/as professores/as enchendo sua cabeça de lorotas científicas, que nem mesmo eles/as as vezes, sabem o que estão a tagarelar. O pior da coisa é, quando, estudam alguns anos a mais, depois, voltam para a realidade como doutores e doutoras, aí o trem pega! O indivíduo estuda o rabo do gato e afirma ser rabo do macaco. Então, você volta da escola, daí, diz decididamente, " agora eu conheço de verdade o rabo do gato, eu afirmo, conhece nada não, nem do gato nem do macaco, imagina apenas, simplesmente aprendeu alguma coisinha.
Aprender não é sinônimo de conhecimento. A nossa própria linguagem é bem enrolada quando se trata dos sentidos do conhecer. Num outro sentido, diferente do conhecer por familiaridade, encontremos o conhecimento por habilidade: as vezes escutamos as pessoas dizerem, fulano de tal sabe jogar xadrez, ou, a Jesiane sabe jogar vôlei. Verdade, naturalmente ela aprendeu a jogar, criou-se uma habilidade, mas, obviamente, isso, não tem vínculo lógico com o conhecimento, é apenas uma habilidade. Impossível repassar esse tipo de conhecimento. Finalizando nossa rápida reflexão, então, temos de antemão, dois sentidos de conhecer, o da familiaridade e o da habilidade, já afirmo, nenhum deles garante suficiente bem, a possibilidade do conhecer, isso nada tem a ver com o conhecimento proposicional, ou, com o saber proposicional. Daqui deriva o terceiro sentido do conhecer, o da proposicionalidade, isto é, das proposições. Quando eu digo, por exemplo, frases do tipo, "eu sei que Andressa conhece a joana," ou a, " maria sabe que hoje está frio", estamos num outro patamar do conhecer. Percebam, essas últimas duas frases são distintas das frases da familiaridade e da habilidade. Aqui, podemos entender o saber como, "certo estado de frases". Aqui, em certo sentido, foge a opinião, a dúvida, o embaraço, esse tipo de conhecimento é o conhecimento proposicional. Aqui, o conhecimento ganha um certo status, que, garante sua titularidade. E, é esse tipo de conhecimento que para nós humanos, tem, de fato, algum valor, talvez, possa esse, te salvar da selva. Entendam, talvez, quem sabe! Nesse último sentido, podemos afirmar que, "pelo menos, agora, temos condições de verificação, isto é, de análise, sem duvida, isso garante o trabalho da filosofia. Tanto na selva como na ciência, parece que são pouquíssimas pessoas que conseguem entender a profundidade, a extensão e a dimensão das armadilhas dos sentidos do conhecer, enfatizo, as armadilhas da linguagem, sem dúvida, em grande parte ela veda o sentido dos conceitos!

sexta-feira, 30 de agosto de 2019

PODCAST

PODCAST - globo, globo news - enganação certa, "é de endoidecer gente sã", imortalizou Renato Russo.

Sim, seria um idiota incorrígivel inverter o seguimento, a performance e o desenvolvimento da esfera midiática,da eletrônica, da informática, e de seus milhares de recursos, longe disso.
Aqui, o assunto é outro, a crítica tem endereço.
"Mais um recurso midiático", "apenas mais um." Lembram quando a rede globo fez uma campanha enorme para esclarecer e de graça doar “aquele conversor digital”?
Pois é, nada nessa vida é de graça. Nós sabemos disso, entretanto, caímos sempre no mesmo buraco, que sina! Minhas estimadas e caros leitores/as, nadinha cai do céu, com exceção, é claro dos ventos e da chuva, essa, cai e molha a terra árida, daí fertiliza o solo, ao mesmo tempo, mata a fome e sede dos animais, por sua vez, o vento, a brisa refrigera o rosto do “homo demens.”
Entretanto, nada de novo no front. Aqui no Brasil, pouquíssimas pesssoas utilizam os podcasts. No país da corda bamba, da imitação, da repetição infindável, do kkkkkkkkk rídiculo, e da repetição terrivel do #, em pouco tempo, isso vira mania nas academias, pelo menos já virou na opção música! Esqueletos a pular e dançar sem saber a razão, mas, tudo bem, cada qual ao seu estilo e direito. Falam e expressam saúde, mas, entendem estética, corpo!
Caramba, isso é demais, vinte minutos de podcast, ou melhor, "vamos ficar vinte minutinhos escutando intelectuais comprados, enlatados e amarrados?" Esses sim, são Idiotas oportunistas, perdão por utilizar aquele trocadilho mal feito do senhor Bolsonaro, entendo-o, homem de poucas letras, acostumado e mimado no senado. Não tenho problemas com ele!

Prossigo, vinte minutinhos para ouvir "brevemente" informações controladas, encomendas, deteriorizadas, usurpadas, deturpadas, tiranizadas, adequadamente ajustadas ao modelo dos senhores da Casa Grande! Sim, da globo, globo news e cia.
Lá é possível ao mesmo tempo, ver e ouvir o/a (jornalista ou reporter ) afirmar: "- Temos um time da política", eu afirmo, não tem não! Time esse que não joga, ao contrário, trapaceia e sacaneia, ou não? Onde esses jornalistas formaram meu Deus do céu?
Se alguém do povo simples elabora uma coisa assim é aceitavel, mas, esses senhores/as, jamais. Ta na cara, tudo tem uma meta, os objetivos são fatais! O povo, em sua grande maioria não tem grandes metas, são escravos do trabalho! 14 bilhões sem emprego! A meta desse povo é sobreviver!
Repetem os globais e famosos:
"Temos um time da economia", eu afirmo com segurança, "não tem não." Time esse que apenas fantasia a realidade.
Para ser sincero, esses/as senhores/as utilizam como intrumento fundamental para enganar "o mito", não estou me referindo ao Jair Bolsonaro. Entendam, a etimologia da palavra mito significa, "representação fantasiosa da realidade", deixamos o Bolsonaro quieto,o avião dele já desgovernou a muito, deixe ele.
Mas, a Casa Grande continua incessantemente a interpretar a realidade segundo a voz do Senhor de Engenho. Os/as senhores/as confundem a REALIDADE da sociedade, logo das pessoas. A Casa Grande faz BAGUNÇA, NÃO EXPLICA, ao contrário, desgoverna as informações. Assim fica difícil senhores e senhoras.
A interpretação dos dados é falsa! É corrompida! Não trás alento, não trás refrigério,o descanso passa longe. Lembram do William Bonner? Sua equipe teve coragem de mostrar ao povo brasileiro o pacote "Kit Gay", o que na verdade alinhou-se as idiotices do senhor Jair Bolsonaro, acusando o ex candidato Fernando Hadaad do PT, como criador do "Kit Gay."
Isso se chama mentira, maldade. Pergunto, alguém prova essa bobagem? Mas, todavia, em vinte minutinhos o "podcast", novidade da globo news é capaz de provar. Que pena!
"A origem do material remonta a 2004, quando Haddad ainda não era ministro da Educação. Foi naquele ano que o governo federal lançou o “Brasil sem Homofobia – Programa de Combate à Violência e à Discriminação contra GLTB e Promoção da Cidadania Homossexual”. (EL PAÍS - 19 de outubro de 2018) É muita cara de pau, é fake, é mentira, enganaram e continuam a enganar o povo. A Casa Grande deveria ser processada juntamente com o até então, senador Jair Bolsonaro. "Informação falsa" ,"mentirosa" ,"enganadora."
Ali, enganam exatamente 24 horas os/as acordados/as de plantão - os/a bravos/as e os/as inteligentes assinantes!
Óbvio, é uma pequena parcela do povo que veste a camisa amarelinha e joga tomates no STF. Costumo afirmar, essa classe, aumentou sua renda um pouquinho, logo, subiu apenas um degrau na escada, pior, pela porta dos fundos. Isso não é bonito. Alguns/as subiram perfumando os patrões, outros/as roubando mesmo! Aqui, falo de uma pequena parcela do povo e enorme parcela dos políticos do Brasil.
Novamente insistem os globais:
"- Boa noite para todo mundo",
"-Boa noite aos nossos assinantes!",
Deus me livre. Como assim? Boa noite para todo mundo e para os nossos assinantes?" Jogada midiática quase perfeita! Quase!
O MUNDO NÃO ASSISTE e nem ADORA os/as senhores/as, mas, tão-somnente, uma pequena parcela, aquela que veste a camisa AMARELINHA do Brasil. Essa classe reproduz a infomação globalizada como coelhos! Férteis e produtivos, igual a uma turminha que conheço bem! Pobres intelectuais! Doutores/as da arrogância! Compraram a beca e o diploma! Opa, mas conhecem muito bem a teoria, como ninguém, tem tudo arquivado na memória. Só na memória, a prática é vazia, nula. Nunca passaram dificuldades, direto passarm do berço para as melhores universidades do mundo. Entretanto, pouco aprenderam!
Ouvir e escutar a globo news, a globo, Bolsonaro, Damares, Andreia Saadi, Camaroti, Flavio Bolsonaro, genereal Heleno, Herado Pereira, Natuza, Guedes, Abrahan e cia, "é adoecer na certa". Poetizou Renato: "endoidece gente sã." Nosso povo a cada dia adoeçe com as palavras e maldades dessa tuma seleta! Essa turma amola facas para outros se cortarem! A ferida é profunda, isso deixa marcas!
Percebam no ar: um ódio sem tamanho perpassa e atropela a humanidade inteira, não somente aqui no Brasil.
Nosso povo adoece e padece aos poucos: doentes de ódio, de raiva, de ressentimento profundo. Muitos/as estão emocionamente cansados, psicologiamnete fracos e atordoados, outros/as já sem recursos! Tem "um", percebam: forçadamente foi enviado para clínica, tipo SPA, antigamente denomiada: hospício, ou hospital de loucos.
Dizem eles e elas, os globais " - Os números não mentem." Claro, as estatísticas, o desvio padrão, os gráficos do Sardenberg, lá é tudo desviado aos extremos. Atenção aqui: estamos tratando da forma que a interpretação é realizada e comunicada ao publico. Não me refiro numericamente, estatisticamente, muito menos, ao mundo da ciência.
Mas, a interpretação disso, e do que fazem com isso sim.
Os caras ou as jornalistas atropelam, entortam e controlam o jogo da informação. SACOU?
Os números não mentem, mas, os/as globais sim, esses mentem e muito.
Os podcasts, nesse caso, são recursos para desinformar a informação, logo, desinformam os assinantes e também o povo, isto é, alvoroçam a nação com mentiras. FAKE - FOFOCAS.
O jornalismo nesse caso perde sua credibilidade! Alias, o jornalismo brasileiro nunca foi fiel com o povo. O jogo de poder permanece, leiam por favor Michel Foucault.
Mas, apesar das trapalhadas, a imagem compensa e muito.
O mundo imagético negocia tudo.
Para desviar "o desvio padrão" ou seja, os globais e famosos querem sempre mais desviar o fato vivo! Eles ou elas fazem isso todos os dias. Explico, o acontecimento em si é transformado em bobagens news em encantamento e repercutido no cenário nacional.
Entendam, supondo, 2 +2 = 4, lá, eles e elas afirmam, = 8. Exemplo de hoje - dia 29/08/2019. O nosso pib está no fundo do poço. Quem não sabe disso? Um 0,4% de acréscimo se torna na cabeça deles e delas, 40% No fundo, tão-somente, escapamos de uma recessão técnica, ou seja, nossa receita ultapassou demasiadamente nossa despesa. Explico de outro modo: por exempo, uma família recebe ao final do mês 1.500 reais, mas, essa mesma família gastou 4.500 reais. Vai pirar a economia dessa família na certa. Gastou 3 vezes mais que recebeu
É isso, por pouco, mais um poquinho só, por um triz, quase chegamos ao fundo da lama. Lembram da invenção bem bolada das pedaladas fiscais da ex presidenta Dilma? Lá a economia foi ao fundo do poço. Aqui, acontece o mesmo, é o mesmo caso. Mais um pouquinho, recessão técnica na certa. Mas, aqui não tem golpe! A turma dos canalhas estão do outro lado e a Casa Grande domina o cenário. Pronto.
Entretanto, ELES e ELAS INISTEM EM AFIRMAR A MENTIRA, O EMBUSTE, A ENGANAÇÃO. Utilizaram no dia de hoje - 29/08/2019 a seguinte expressão: "a economia está, tipo assim: - "copo meio cheio" - "copo meio vazio".
Por favor Heraldo, Natuza, Sardenberg e cia. O QUE TEM o termo ROBUSTO nessa informação? HIPÓCRITAS. Olhem para o Brasil COMO um todo. Dizem os especialistas que moram na mesma casa: "- O segundo semestre vai ter uma subidinha" Vai sim, vai subir feito foguete, Maranhão que se prepare! Esse governo poderia fazer uma excelente administração! Tanto brigaram pela mesa, agora cabaram sentados no pasto.
Se os senhores e senhoras (globais) observassem por um momento, um homem, uma mulher, um/a jovem ou uma criança que come as sobras da comida do lixo, tenho certeza, os senhores e senhoras, certamente cuspiriam neles/as, assim como cospem midiaticamente todos os dias sem cessar. É a mesma coisa!
Os/as senhores/as defedem um governo de doentes de lunáticos! Já passou da conta a quantidade de besteira que escutamos do capitão! Percebam: dona Damares, senhor Guedes, senhor Abraham, senhor general Heleno (esse grita e berra tipo cabrito), senhor Jair Bolsonaro e seus mimosos filhos, senhor Moro, ilustre ministro, o senhor Deltam Dellagnol, excelente procurador. São deuses? Tem mais, estamos cercados de anjos, nossos procuradores e procuradoras.
Sutilmente alguns/as deles/as tiraram sarro na cara de um homem que perdeu esposa, neto, irmão. Isso não se faz nem com o pior homem da terra. Se vocês dizem amar esse tal Jesus, então siga ao menos seus preceitos. O tema não é esse? DEUS ACIMA DE TODOS? Ou o tema foi modificado? AGORAÉ DEUS QUE JULGA, PRENDE E MATA?
SERÁ QUE VOCÊS NÃO SACARAM ISSO ATÉ AGORA?
Ninguém merece ouvir essas besteiras e balelas dessa gente, pior que isso, uma parcela do povo aplaude. A tal senhora Jerusa pediu desculpas ao presidente Luis Inácio Lula da Silva. Quando esta senhora, gaúcha e procuradora da República e integrante da Força-Tarefa da Operação Lava Jato em Curitiba, implora desculpas, ela, em certo sentido, afirma necessariamnete a autenticidade dos diálogos do The Intercept Brasil.
"Errei" Afirma ela em sua conta no Twitter " E minha consciência me leva a fazer o correto: pedir desculpas à pessoa diretamente afetada, o ex-presidente Lula." o senhor Moro também pediu desculpas, aliás, disse ele antes:" foi um descuido meu!". Descuido ministro?
Pedir desculpas nao trás ao coração do ofendido paz e nem alento. Por se tratar da morte de um neto, de uma esposa, de um irmão, tenho que expressar com segurança, foi desumano, foi cruel, foi sacanagem das grandes.
Se o cara roubou, e não o caso aqui, mas, se foi roubo, prove, mostre as provas junto a justiça. Prendam , entreguem a lei, entranto, fecha a boca! Não basta a prisão?
Quem nos concedeu o direito humilhar os outros?
Sois deuses? Na morte de entes queridos/as, pelo menos um pouco de respeito deve-se conservar..
Ou os/as senhores/as pensam que irão dominar para sempre o Brasil? Um dia a casa cai , aliás, ela está quase no chão. Também não é culpa dos/as senhores/as. Temos uma história triste, somos filhos de um patriarcado desgovernado, de uma colônia explorada, somos filhos da escravatura, de uma burocracia sem fim, de uma elite paternalista e preconceituosa. Todos nós somos responsáveis pela situação que vive o país, mas, por favor, julgar os outros dessa forma é crueldade, não é legal. Assim os senhores e senhoras arrebentam com a solidariedade e com a fraternidade. Ninguém consegue bem governar uma nação sem solidariedade. Assim não, por favor!
Do ponto de vista da economia não precisamos de um Sadenberg para infomar suas habilidades em gráficos políticos, nem de um Heraldo para falar bobagens!
Qualquer pessoa comum sabe onde pisa, o terreno econômico é simples. Vamos mercado passear? Seguramente constataremos isso juntos.
Mas, os senhores e senhoras da Casa Grande, tem cama, carro, comida e roupa limpa e passada! Aqui nesse submundo, vivem os mortais, aqui embaixo, "somos um zé ninguém"
"Quem foi que disse que a justiça tarda mas não falha?"
"Que se eu não for um bom menino, Deus vai castigar"
"Os dias passam lentos aos meses seguem os aumentos"
Cada dia eu levo um tiro (Que sai pela culatra
Eu não sou ministro, eu não sou magnata) (Biquíni Cavadão)
Mas, tem solução para você. Melhore sua vida, atualize de bobagens news! Como assim tem solução?
Basta agora o "podcasts", sitoniza na globo news, e terá em vinte minutinhos todas as informações necessárias. Pronto, você será a mulher ou o cara mais bem informado dessa "sociedade papel higiênico." Viva os globais e seus "podcasts", logo, serás feliz eternamente, assim como são, esses infelizes: "o ceú fica aqui em baixo, nele mora o cidadão de bem" Você é o cidadão de bem!
Sacou agora ou ainda não?
Saindo do assunto -
A Saadi conversou com Santos Cruz uns tempos atrás, o coitado sumiu, agora ela está dialogando com S Moro, se o barco tiver o mesmo destino, desaparece também o pobrezinho!


segunda-feira, 15 de julho de 2019

CRIAÇÃO E CONOTAÇÃO DE CONCEITOS É FILOSOFIA Os filósofos não dizem nada que eu não posso dizer




Introdução
É comum ouvir por aí, a filosofia é contemplação, reflexão, é comunicação, é algo quase natural afirmar essas proposições. Pior que isso, é consolar com isso. Mas, ao contrário, a filosofia quando sabiamente entendida é criação de conceitos. Ela sempre foi isso! Alguns conceitos pertencem e tem sua funcionalidade dentro de uma teoria cientifica ou não, mas, não é o caso quando trata-se de todos os conceitos. Alguns conceitos não tem uma patente determinada, muito menos sabemos de sua longevidade. Na Grécia, bem antes da era cristã, a questão da criação dos conceitos já tinha iniciado. Não estamos direcionando essa margem criadora nem para Sócrates ou para Platão, nem para o próprio Aristóteles, entretanto, para os primeiros sábios da arcaica civilização grega ainda por formar. Sistematicamente sobre isso não existe dúvida, entretanto, a intenção aqui é outra. Evidentemente existe a tradição dos “sete sábios”, esse potencial ético e filosófico é um repositório de um fantástico legado civilizacional da filosofia enquanto criadora de conceitos. “No domínio da literatura grega [...] o influxo desse tipo de material é detectável desde muito cedo” (LEÃO, 2008, p. 14) Até hoje não existe uma lista identificável ou, realmente provável desses setes sábios, chegaram até nós alguns nomes como os de, Tales, Pítaco, Bias, Sólon, Cleobulo, Míson e Quílon. É com eles e por eles que nasce a filosofia como criadora de conceitos a partir de uma das obras de Plutarco (46 d.C. – 120 d.C.) - (Septem Sapientium) – O Banquete dos Sete Sábios. Esses sábios cultivavam perguntas do tipo: - O que é a coisa mais velha do mundo? – O que é a coisa mais bela? Ou ainda, o que é a coisa mais sábia? Nesse universo de curiosidade, nos encontros primordiais, [...] o motivo que justificara a sua reunião teria sido a vontade de consagrar a Apolo certas máximas, mas, como primícias da sua sabedoria,” (Idem, p. 20) Nesse horizonte grego arcaico, o plano da imanência – o espaço, o horizonte onde, ela gravita, engendra uma finalidade única, original, genial: criar conceitos. Por um lado, é bastante estranho afirmar que a filosofia não é reflexão, nem contemplação, muito menos, comunicação. Costumo afirmar, não adianta procurar o que não existe! Não iremos muito longe nessas explicações, são simples: contemplar, literalmente significa olhar ardentemente para algum templo, (com – templo) – igreja. Comunicar, da mesma forma, significa informar – transmitir, portanto, a filosofia está longe de ser uma informante ou adoradora de templos. Outra questão central, a filosofia, essa não foi feita e nem nasceu para resolver os problemas com os quais a sociedade padece. Isso é uma coisa da e para a ciência, encontrar soluções para resolver os problemas do cotidiano não é tarefa da filosofia. A filosofia não é uma ciência, é um conhecimento. Isso precisso ficar claro com o sol do dia! A filosofia tem sua tarefa e conteúdos específicos.
A filosofia da contemporaneidade parece não mais falar ao homem ou a mulher de nossa época, é uma filosofia separada da política da ética ou seja, não surgiu na e da ou para pólis. Nossa época, assim como as demais, é um época carregada de contradições filosóficas, o discurso da filosofia se faz instrumento de domínio e de poder, sempre beneficiando alguns poucos privilegiados ou alguns grupos determinados. A filosofia da nossa época gosta de aparecer na televisão, nos vídeos da internet, os filósofos se afogam com respostas prontas, para toda pergunta tem uma resposta, é um bate e volta. É claro que temos excelentes filósofos, entretanto, longe das redes sociais.
Perguntar pela filosofia supõe necessariamente filosofar! Isso é, criação de conceitos. E é exatamente isso que quer expressar Martin Heidegger, (1889-1976) a resposta o que é filosofia “[...] somente pode ser uma resposta filosofante, uma resposta, que enquanto res-posta filosofa por ela mesma.” Platão, em, uma de suas obras, intitulada, O Político, preliminarmente, retira a filosofia das sombras mitológicas, do véu da opacidade ficcionista para propor uma análise cosmológica, (do cosmo, entendam, universo) científica. No mito cosmológico por ele descrito, Platão atua perfeitamente como um físico. Escreve Platão, “Presta atenção! O universo, umas vezes a divindade guia-o pessoalmente no seu trajeto e acompanha-o no seu movimento circular; mas outras afasta-se – quando os circuitos atingem o intervalo de tempo apropriado. Mas nessa ocasião, por ação do movimento autônomo, o cosmos volta novamente à posição contrária, uma vez que é um ser vivo, dotado de inteligência pelo seu arquiteto primordial.” (2014, 269 d) Platão elimina a conotação fictícia do mito e imprime a ideia de ciência, de racionalidade física do mundo, do cosmos, tanto das causas como dos movimentos, isso é acima de tudo, filosofia. Platão entende que o primeiro movimento é guiado por uma orientação da divindade, e o outro é um movimento autônomo. E aqui está o valor da nova descoberta […] A entidade a divina desempenha o papel não de motor do movimento, mas sim, de guia da direção tomada pelo mesmo, isto porque o cosmo, sendo animado, detém a capacidade de produzi-lo.” (2014, p. 196). Ao retirar as sombras que cobriam o horizonte da filosofia, Platão viabiliza o sentido amplo do próprio pensamento humano. Por sua vez, de outra maneira, afirma Friedrich Hegel (770-1831) “[...] o conteúdo que a filosofia tem não são ações e eventos exteriores das paixões e da sorte, mas são pensamentos.”
Nesse breve contexto inicial, é possível perceber que não existe uma noção única do que seja ou faz a filosofia. Mas, tenho que que afirmar com precisão, o que existe de inconsistência conceitual nisso tudo é demais. Já expressei isso aqui várias vezes, Uma ausência de clareza conceitual perpassa a sociedade contemporânea de modo a embaralhar e confundir sempre mais o sentido e o significado das coisas, dos seres, dos objetos, do mundo, da realidade da própria existência do indivíduo e da comunidade.
Exemplo evidente: a confusão entre educação e escola. Falam e escrevem educação, entretanto, entedem escola! Ta cheiinho disso nos doutorados da suposta educação, nem o MEC, entende isso, também, é cada ministro que dá pena!
No mundo da acumulação, da competição, da individualidade, o pensamento fica restrito a esfera do processo técnico cultural. Talvez as palavras de Gilles Deleuze e Felix Guattarri possam alertar-nos um pouco mais sobre este descompasso conceitual. "Pedimos somente um pouco de ordem para nos proteger do caos. Nada é mais doloroso, mais angustiante do que um pensamento que escapa a si mesmo, ideias que fogem, que desaparecem apenas esboçadas, já corroídas pelo esquecimento ou precipitadas em outras, que também não dominamos" (,2004, p.259)
Ela é criação, sim a filosofia é inventiva e criativa.
A Filosofia começa quando não tomamos mais as coisas como certas, quando questionamos como as coisas são e estão. Diferentemente das demais ciências, a filosofia não tem pretensão de resolver e nem dar soluções aos problemas os quais se defronta o homem. Ela não traz em sua bagagem respostas para as perguntas, muito menos, é uma detentora de soluções. Diferentemente de tudo isso, a filosofia é amante dos conceitos! Isso é tudo que ela tem e faz! Ela namora o conceito, é dele, amiga, companheira leal e fiel. A filosofia é apaixonada pelo conceito e esse, a ama perdidamente e indescritivelmente. Ninguém se atreve a separá-los! As reflexões que seguem, não evidenciam uma ordem necessariamente sequencial e cronológica dos fatos, apenas narram as circunstâncias e contextos históricos determinados historicamente. Também não trazem a vida dos pensadores, apenas sucintamente explicita alguns aspectos mais gerais de questões que permitem compreender ao menos de longe a necessidade da invenção de conceitos.
A filosofia, devo insistir, parte de perguntas simples: o que se chama habitualmente, no jargão filosófico, questões “empíricas”. A partir daí, ela tenta construir uma argumentação que permita responder, não no plano da simples opinião, mas no plano do conceito. Na esfera intelectual da sociedade moderna parece que uma tendência do “não pensamento” perpassa gradativamente e cada dia, a conotação do trabalho do pensamento escapa. Logo, a filosofia fica restrita ao mundo da forma e não ao dos conteúdos. Nessa dinâmica, o sentido conferido à filosofia, do ponto de vista meramente relativista do sentido e da significação da filosofia, acaba se reproduzindo na sociedade. O sentido conferido à filosofia muitas vezes é elaborado e sistematizado somente a partir da forma, de acordo, com as necessidades subjetivas do mercado, do cientificismo, do economicismo, do tecnicismo, em detrimento de sua finalidade. Essa nova forma de organização tem como elemento crucial aproveitar a reflexão filosófica para seu próprio fim, privatizando: o saber, o conhecimento e consequentemente os conceitos. As concepções que norteiam a lógica do mundo pós-moderno massificam o conhecimento humano, uma vez que, os coisificam, desintegram sua totalidade.
É tarefa do filósofo, criar conceitos, questioná-los, mas para isso, é preciso superar e questionar as visões instituídas, trazendo reflexões acerca do sentido daquilo que é racional, a irracionalidade do pensamento atual desgasta e corrompe a clareza dos conceitos. Não se cria conceito do céu, de uma hora para outra, não se cria conceitos. Mas então, o que é conceito? Qual é o sentido dessa criação? A etimologia do termo conceito está vinculada ao processo que torne possível a descrição, a classificação e previsão dos objetos cognoscíveis, ou seja, conhecíveis. De forma generalíssima se pode dizer, que tal significado inclui toda espécie de sinal, ou de expressão semântica independentemente do objeto em estudo, aqui vale para objetos concretos e abstratos seja eles quais forem. Diferentemente do nome, embora que este é indicado por um nome, o conceito não é nome. O conceito não é um elemento simples, entendemos como simples aquilo que carece de variedades e este não é o caso do conceito, pois ele necessita de “personagens conceituais que contribuam para sua definição.” (DELEUZE E GUATARRI, 2002, p. 19). Por meio destas primeiras considerações etimológicas o conceito pode ser entendido como, um anexo, um conjunto, de técnicas simbólicas extremamente complexas, como é o caso das teorias cientificas que também podem ser chamadas de conceitos. “Não há conceito simples. Todo conceito tem componentes, e se define por eles. Tem portanto uma cifra. É uma multiplicidade, embora nem toda multiplicidade seja conceitual. Não há conceito de um só componente: mesmo o primeiro conceito, aquele pelo qual uma filosofia “começa”, possui vários componentes, já que não é evidente que a filosofia deva ter um começo e que, se ela determina um, deve acrescentar-lhe um ponto de vista ou uma razão. [...] Todo conceito e ao menos duplo, ou triplo, etc. Também não há conceitos que tenha todos os componentes, já que seria um puro e simples caos [...] Todo conceito tem um contorno irregular, definido pela cifra de seus componentes. [...] É um todo, porque totaliza seus componentes, mas um todo fragmentado. É apenas sob essa condição que pode sair do caos mental, que não cessa de espreitá-lo, de aderir a ele para reabsorve-lo (DELEUZE, & GUATTARI, 2002, p. 27). Os conceitos não estão amarrados nos fatos, são incorporais, é claro que alguns filósofos gostam de incorporar daí, nunca se desprendem disso.
A filosofia por seu turno se dá, ou acontece num plano que denominamos, plano da imanência. É nesse que giram e gravitam os conceitos. O conceito, como anteriormente explicado é uma descrição de alguma coisa, de um objeto, de um ser, de algo permanentemente empírico ou não. Existem conceitos que foram criados por alguma teoria, basta verificar os conceitos derivados da física ou de alguma teoria cientifica, exemplo clássico, “gravidade” Os conceitos filosóficos são de âmbito da filosofia, isto é, do conhecimento filosófico. São os conceitos totalidades fragmentarias, suas bordas ou dobras não se fixam ou predem linearmente, muito menos são coincidentes. Plano é plano e conceito é conceito! Nunca é bom confundir porco com leitão. De modo simples e esclarecedor, o plano é um espaço, um lugar, um horizonte, pode ser uma “sala de aula”, pode ser “uma cozinha”, pode ser um “campo de futebol”, pode ser um “laboratório de genética”, pode ser o “Palácio de Versalhes”, pode ser um “tempo determinado do mundo novo”, pode ser uma “época da Idade média”, pode ser o “Big Bang”, pode ser “seu mundo.” O plano não é um conceito e muito menos o plano o lugar ou morada fixa de todos os conceitos. Foi enfatizado anteriormente, todo conceito tem uma história, tem um devir, é incorporal, não é simples, ou seja, é criado em alguma época, mas, não reside lá para o todo sempre! É o plano e no plano onde se enrola e desenrola os conceitos.
Se um músico cria um canção, um arquiteto a arquitetura de uma casa, se o belo pássaro “João de barro”, cria sua casa de barro no galho de arvore, atualmente, até em postes elétricos, se o cineasta cria seu filme, o que faz o filósofo se não cria conceitos? Como cria ou inventa um conceito nesse plano de imanência. É possível pensar em criação sem plano ou plano sem conceitos? De antemão afirmo, esse plano envolve um infinidade de movimentos infinitos. Sem fim? Claro, sem fim! O pensamento é algo terrível, sua velocidade é infinita. “[...] o problema do pensamento é a velocidade infinita, mas esta precisa de um meio que se mova em si mesmo infinitamente, o plano, o vazio, o horizonte. É necessário a elasticidade do conceito, mas também, a fluidez do meio. É necessário os dois para compor ‘os seres lentos’ que nós somos. (DELEUZE E GAUTARRI, 2002, p.51)
Então como o filósofo cria? De antemão afirmo novamente, estamos numa sociedade do controlada, Michael Foucault, conhece perfeitamente esse controle e o poder que envolve a sociedade e, portanto, numa sociedade de controle como criar conceitos? Uma cozinheira pode ter uma ideia genial, quer inventar uma nova espécie de alimentação, ela não precisa ser uma filósofa. Ninguém precisa ser filósofo para ter ideia. Ter uma ideia todo mundo tem! Mas, essa ideia, em certo sentido, está aí, não é algo genérico, não é uma farmácia. Não temos uma ideia geral, pronta, acabada, ela sempre pertence a algum domínio, exemplo: uma bola, lembra menino que lembra campo de futebol, daí, lembra-se da grama. Pois bem, quem é assim tão criativo e original? Então, se a cozinheira teve uma ideia: misturar carne de frango e carne jacaré defumada com quiabo acrescentando pimenta malagueta e pepino batido, parece que teve uma ideia original. Mas, percebam, essa nova ideia de alimentação que parecia ser originalíssima, não passa de ideias já criadas. Percebam, todas essas ideias estavam infinitamente entrelaçadas no meio floresta onde mora o jacaré, também estavam no interior de uma feira de hortigranjeiros, ou ainda, presas num galinheiro ou num supermercado onde se encontra frango clonado. Os conceitos a outros remetem, e assim vai. O cogito de Descartes (1596 - 1650) em certa medida estava na cabeça de Platão lá na Grécia antiga, mais tarde na cabeça de Immanuel Kant (1724 - 1804) em Königsberg na Prússia.
Ter um ideia é uma “festa pouco corrente” expressou Gilles Deleuze. “A ideia de que os matemáticos precisariam da filosofia para refletir sobre a matemática é uma ideia cômica. Se a filosofia deve servir para refletir sobre algo, ela não teria nenhuma razão para existir. Se a filosofia existe, é porque ela tem seu próprio conteúdo. Não se faz filosofia do nada, sem necessidade, nada se cria.” Gilles Deleuze explica isso facilmente: É claro que os conceitos não se fabricam assim, num piscar de olhos. “Não nos dizemos, um belo dia: Ei, vou inventar um conceito!”, assim como um pintor não se diz: “Ei, vou pintar um quadro!”, ou um cineasta: “Ei, vou fazer um filme!”. É preciso que haja uma necessidade, tanto em filosofia quanto nas outras áreas, do contrário não há nada. Um criador não é um ser que trabalha pelo prazer. Um criador só faz aquilo de que tem absoluta necessidade. Essa necessidade — que é uma coisa bastante complexa, caso ela exista — faz com que um filósofo (aqui pelo menos eu sei do que ele se ocupa) se proponha a inventar, a criar conceitos, e não a ocupar-se em refletir, mesmo sobre o cinema. Seja no cinema, na cozinha, na arquitetura, no teatro, seja nas instituições escolares, nas autarquias, no judiciário, ninguém precisa de filosofia para criar suas especificidades. Mas, quando a filosofia cria um conceito o mundo gira! A filosofia não foi feita para ontem, ela é uma pedra presente no calçado dos nobres intelectuais. Os conceitos não são criados do nada, como afirmamos, é incorporal, entretanto, pode encarnar nos corpos, embora não se confundem com eles. “O conceito diz ao acontecimento, não a essência ou a coisa.” (DELEUZE & GUATARRI, 1998, p.33). Logo, a filosofia não é discursiva, nem o conceito discursivo. Não existe prazer em discutir sobre a coisa! O filósofo elevado foge das discussões, exceto, os midiáticos da televisão e das redes sociais, esses adoram uma discussão. A filosofia não foi feita para debater! “O conceito não é, de forma alguma, uma proposição, não é proposicional, e a proposição não nunca uma intenção. As proposições definem-se por sua referência, e a referência não concerne ao acontecimento, mas uma relação com o estado de coisas ou de corpos, bem como às condições desta relação” (Idem, 2002, p.35). Da mesma forma, as sentenças possuem sentido e referência, não existe alteração nessas se substituirmos as expressões linguísticas. A coisa é a coisa e pronto, a coisa não é o conceito. Quanto ao exemplo da cozinheira do frango com jacaré defumado com pimenta e pepino batido, os conceitos ali são totalidades fragmentarias, longe de ser um quebra cabeça pronto para montar, isso, não vai acontecer. Ou seja, os conceitos, seus contornos, embora quase se tocam, não diz diretamente ao outrem. Procedendo por frases, a filosofia está longe de ser proposição que se identifica e por ela se integra, ao contrário, das frases a filosofia tira conceito, esse, nunca pode confundir com ideias abstratas, por isso, a filosofia deve ter uma codificação própria, a linguagem e dela, cria e da conotação ao conceito!
Finalizando, um conceito necessita de personagens conceituais para definir a noção da coisa, Deleuze e Guattari exemplificam com um termo muito legal – AMIGO. “Amigo é um desses personagens, do qual se diz mesmo que, ele testemunha a favor de uma origem grega da filosofia: as outras civilizações tinham Sábios, mas os gregos apresentam esses ‘amigos’ que não são simplesmente sábios mais modestos. Seriam os gregos que teriam sancionado a morte do Sábio, e o teriam substituído, pelos filósofos, os amigos da sabedoria, aqueles que procuram a sabedoria, mas, não a possuem formalmente” (2002, p.10) Independentemente de diferença e graus não haveria uma tonalidade expressiva entre o filósofo, o sábio grego e o vindo do Oriente. “Os conceitos não nos esperam inteiramente feitos como os corpos celestes” Não existe um céu para os conceitos criarem asas, se, o filósofo não criar, o “João de barro cria sua casa”, esse pássaro tem uma assinatura original, seja num galho de uma árvore, seja num poste elétrico. Afirmam Deleuze e Guattari, “Nietzsche determinou a tarefa da filosofia quando escreveu: ‘os filósofos’ não devem mais contentar-se em aceitar os conceitos que lhes são dados, para somente limpá-los e fazê-los reluzir, mas é necessário que eles comecem por fabricá-los, criá-los, afirmá-los, persuadindo os homens a utilizá-los.” Portanto, a comunicação, a reflexão ou a contemplação são máquinas da filosofia que o filósofo se apropria para tentar criar conceitos, ou seja, a filosofia não se interessa por transmissões, muito menos por visões ilusórias, até mesmo a reflexão, ninguém necessita de filosofia para refletir sobre qualquer coisa, Samuel Rosa poetizou muito bem isso “Os filósofos não dizem nada que eu não possa dizer.”
Referências
O que é a filosofia? Gilles Deleuze e Feliz Guattari, 2002..
O Banquete dos Sete Sábios. Plutarco, 2008.


O AMOR - Eros - diligitis - lief - lieben - amour- amare - love -любовь- älskar - 사랑 - 愛してる- Itoshi teru - любов - láska - љубов -amo - cinta - hubun - elsker - amor -

O AMOR - 
Eros - diligitis - lief - lieben - amour- amare - love -любовь-
älskar - 사랑 - 愛してる- Itoshi teru - любов - láska - љубов -amo - cinta - hubun - elsker - amor -


                            "Ao avesso do avesso do avesso, é ele é um sentimento estranho"


" Numa época linda e cientificamente esplendorosa, tecnologicamente galante, ao mesmo tempo, colide, como um mundo e com uma sociedade humana, política-virtual, daí reflete sombras imagéticas, os embaraços formativos aos abraços com os fantasmas do individualismo e todo tipo de ismos, a tarefa da filosofia perde sua guia. Sua finalidade mais que ensinar uma mosca a sair de dentro da garrrafa, ao trazer a conotação aos fatos, sobretudo, das categorias do amor da felicidade, excelente, fora disso, ela pouco presta quando cria conceitos." Professor José Sílvio de Oliveira
Introdução.
O/a egoísta da política, o/a embusteiro/a da pólis e do social, o/a disfarçado/a de ovelha, o/a encapuzado/a que rouba seu lugar em qualquer fila ou que rouba seu dinheiro em nome sei lá de quem; o/a preguiçoso/a não quer aprender o novo, aquele que não lava o prato após terminar sua refeição, a bonitinha do celular no auge do empoderamento perde a leveza de ser, aliás, aumenta a capacidade de topeira que lhe é peculiar; a cada segundo e, sem experiência fundamentamentaliza o sexo e a beleza plástica de uma flor sem perfume. O namorado, noivo ou casado que espanca sua companheira, viola os direitos das mulheres, isso, quando não mata! A namorada olha desdenhosamente para o namorado da outra pensando que ganhou o troféu, os/as estúpidos/as do rolo, pensam tão-somente em seus interesses: violentam os/as indefesos/as, cultivam a língua fofoqueira, aliás, quando o/a fofoqueiro/a chega, sua lingua já estava ali a mais três dias caluniando. As crianças indefesas são ofendidas por homens e mulheres indigestos. Os/as que vivem de e para seu umbigo; os/as incoerentes do jornalismo do sensacionalismo, os intelectuais e doutores de universidades que pensam que seus títulos lhes trarão ganho e recompensa, os pobres jurístas que corrompe a balança da justiça, os/as gananciosos/as e maldosos: são esses tipos e estilos humanos que carregam no colo o amor, porém transmultado no ódio. Donos e donas do mundo, da sociedade e da cultura, do conhecimento e da ciência.
- Por acaso, alguém conferiu-vos a dignidade de deuses e deusas? Esses/as milhares de personagens transmuta o sentimento do amor em ódio. 
Claro, somos homens e mulheres! Pelo menos, que cada uma, cada uma, ao menos um pouquinho, só um pouquinho, tente ser humanos. (Ciência Humana)

O objetivo dessa reflexão é dar conotação ao conceito de amor, escrito no livro, Banquete de Platão (428/427 -348/347), também conhecido, como simpósio, na língua grego antiga: Συμπόσιον. O banquete é um diálogo, ou uma conversa sobre o amor. É um diálogo platônico, talvez, escrito em 380 a. C. Esse texto tem relação direta com o texto Eudaimonia ou Felicidade, publicado aqui e também no "Blog" https://www.blogger.com/blogger.g…(em edição desde maio de 2019)
Esse texto contou com inúmeras e variadas participaçãoes, o incentivo do Dr. Carlos Luciano Montagnoli, professor associado na Universidade Estadual de Londrina, a participação das dicentes de filosofia em educação na UAE/EDU da Universidade Federal de Goiás, de anônimos e anômimas que gentilmente responderam nossa pergunta: o que é o amor numa só palavra? Antes da escrita do texto perguntamos no "Blog" o que seria o amor? As respostas estão todas na nuvem de palavras que corresponde a imagem do texto e os inúmeros nomes. (confira no blog)

Sobre o prefácio de livro o Banquete, a estudante Betariz de Paula, do quinto período Curso de Pedagogia da UFG/REJ, 2019, resumiu assim: no início da obra as dificuldades do autor para elaborar o livro, especialmente, para a apreciação da tradução, teve que servir de conhecimentos e explicações, promovendo assim, a comunicação em relação a maneira como é preparada as edições modernas dos textos grego. O trabalho de estabelecimento de um texto greg antigo é árduo, porém gratificante, e hábil em suscitar profundo interesse e capaz de impressionar, cativar o espírito daquele (a) que se disponha a abordá-lo. O editor moderno compõe-se e incorpora de diversas anteriores nos textos/livros traduzidos para serem reapresentados numa detalhada tentativa de alcançar as ideias que os escritos declaram. A importância do contexto histórico dos documentos é fundamental no entendimento do trabalho, que é seccionado em etapas no seu próprio desenvolvimento. Portanto, devem-se considerar as antigas tradições, sejam elas medievais ou modernas. Os documentos de base são os manuscritos da tradição medieval. Os obstáculos, segundo o autor, são identificados quando, a pesquisa através dos dados e instrumentos de interpretação de diferentes tradições, é que se exerce o esforço da reconstrução de textos que possam representar o mais possível textos de autores (as) dos séculos V ou IV.
De acordo com Beatriz de Paula, No tocante aos escritos de Platão, foram contabiliza os aproximadamente 150 documentos de suas obras. Com o longo e diverso trabalho com sucessivas edições, a partir do Renascimento, eleva-se a quantidade de manuscritos consultados e colacionados, o que dificultava o trabalho crítico. Immanuel Bekker destaca-se pela quantidade de manuscritos que colecionou, 7, sobre os quais baseou sua edição com dois volumes no ano de 1923. Os seguintes críticos e editores então sentiram a indispensabilidade em simplificar o aparato crítico que é resultante de um vasto acervo de documentos. Desta maneira, surge a ideia de remontar à origem de manuscritos medievais e, proceder à sua classificação. As variantes do arquétipo foram agrupadas em famílias, onde, pelas características, busca-se explicar as várias lições que os documentos apresentam, em notas abaixo ou às margens dos textos. Tais escritos eram relacionados à edição erudita, ou seja, representante das preferíveis correntes da tradição antiga dos textos platônicos. As correntes são representadas pelas inúmeras famílias de manuscritos medievais e, logo, produz-se a garantia da continuidade entre a tradição antiga e a moderna,presumivelmente quebrada.
De minha parte, etimologicamente a palavra amor, nosso objeto de pesquisa, deriva da língua latina, que tem até hoje o mesmo significado, tipo, um sentimento de afeição enorme, tipo uma grande paixão, mas, enfatizamos, não confunda paixão como amor! Filosofia é sempre distinção, "quem faz filosofia com sabedoria, na certa apreende a distinguir o porco do leitão"
Sobre a pergunta, o que é o amor? Várias respostas foram encontradas, é energia, é atração, é sentimento, é bioquímica, é amizade, é liberdade.. das muitas respostas encontradas no blog, segue algumas: companheirismo - 2, dedicação, renúncia, conforto, paz, cumplicidade, equidade, solidariedade, convivência - 2, Conforto, cuidado, empatia 3 dedicação, paz, 2, incondicionalidade, energia, encontro de duas almas) 2, genuíno, o amor é muito bom, paz 3, decisão, presente de deus), permissão, liberdade, atração, leveza, empatia ou a prática dessa.
Um pouco da história no livro (Por Samara Ribeiro Lawisch): a ida a casa de Agatão.
Aristodemo ao encontrar Sócrates todo arrumado, lhe perguntou, onde esse iria, já que estava bem arrumado, sabse que Sócrates nem sempre utiliza roupas estilizadas, ele anda sem calçado até. Sócrates respondeu:- vou a um jantar na casa de Agatão, por isso me arrumei todo pra ir belo, na casa de outro belo. Sócrates mesmo sabendo que Aristodemo não tinha sido convidado para o jantar, assim mesmo, o convidou. Aristodemo aceitou o convite, porém, Sócrates teria que explicar essa nova situação. Sócrates então exclamou:-vamos e até lá decidirmos o que vamos dizer. Puseram-se então a caminho da festa. Sócrates caminhava distraído parecia que estava longe com seus pensamentos, até que ele disse a Aristodemo que o mesmo, andasse mais rápida. Aristodemo chegou primeiro na casa de Agatão, a porta da casa do anfutrição estava aberta, um dos servos lhe avistou e o levou ao encontro dos outros convidados. Agatão ao vê-lo exclamou:- que bom que você veio para jantar conosco, ontem procurei você para te convidar, mas não o encontrei, porque você não trouxe Sócrates? e Aristodemo respondeu:- eu fui convidado por ele, porém no decorrer do caminho o mesmo mandou que eu andasse mais rápido, assim cheguei primeiro. Agatão então exclamou:-Mas cadê esse homem então, não sei respondeu Aristodemo, Agatão confiou a um dos servos para procurá Sócrates. Logo após o servo voltou, e disse que Sócrates estava na frente da casa do vizinho, e que se recusava ir até lá. Agatão achou estranha a atitude de Sócrates, e disse ao servo não desista de chama-ló até que ele venha. Aristodemo então exclamou:- deixa Sócrates, se ele não veio deve ser porquê está querendo ficar sozinho. Agatão então acatou o pedido de Aristodemo, e disse aos servos que servissem os convidados, todos começaram a jantar, menos Agatão que ficou reclinável em seu divã, logo em seguida Sócrates resolveu ir até lá. Agatão quando o viu disse:- Sócrates venha até aqui e reclina-te ao meu lado para que eu desfrute da tua sábia ideia de ficar lá parado na frente da casa do vizinho, porque é claro que você tem uma explicação para isto. Então Sócrates exclamou:-que seria muito bom se o sábio conpartilhase um pouco da sua sabedoria com aqueles que não sabem nada. Sendo assim, Aristodemo falou:- fica aqui do meu lado, pois sei que eu serei cheio de uma bela e vasta sabedoria, já a minha é um pouco duvidosa e ordinária, já a tua é brilhante e muito desenvolvida e brilhou tanto na tua juventude, que uns trinta mil gregos testemunharam isto que digo. Mas apronta-te para jantar que depois decidiremos sobre a minha e a tua sabedoria, e será o Dioniso o juiz. Sócrates então jantou com os outros, cantaram louvores aos deuses, e fizeram os ritos de costume. Logo após começou uma reunião e os discursos.
Disse Eriximaco, - o discurso que vou fazer não é meu más de Fedro. Ele sempre diz irritado que é estranho que o AMOR um deus tão grande e venerável não tenha hinos de Loures, e nenhuma composição poética. Que ao ler o livro de um sábio, até o sal recebe elogios, por sua utilidade. Já o AMOR nenhum homem até aquele momento teve a coragem de celebra-ló dignamente, um deus tão grande sendo negligenciado desta forma. E Fedro tem razão em dizer tudo isto. Eriximano então propôs um concurso, onde cada um deveria fazer um discurso de louvor ao AMOR o mas belo possível. E que Pedro deveria ser o primeiro, pois o mesmo é quem teve a ideia. Sendo assim todos concordaram. Pedro então começou a falar que o AMOR era um grande deus, que era admirado pelos homens e também pelo deuses, não só por ter vários títulos, mas também por sua origem, por ser o mais antigo dos deuses e também o mais honroso.

(O elogio ao amor, pela estudante Andressa Lopes)
Estando todos os convidados na casa de Agatão a história começa a desdobrar: eles, em uma reunião, na qual bebiam e cantavam hinos em adoração aos deuses. Logo, começam falando sobre bebida, - alguns não são capazes de parar de beber e que somente Sócrates tem essa capacidade. Resolve eles o seguinte: combinar de beber, mas de não se embebedarem e começarem logo a reunião. Eríximaco, outro personagem, diz a Fedro: - sempre diz como é estranho as pessoas adorarem tanto os deuses com hinos e pães, e não adorarem assim o amor que é algo tão grande. Diz também que nenhum poeta fez uma composição poética para ele, que ele é algo tão grandioso que até hoje nenhum homem teve coragem de celebra-lo de forma merecida. Eríximaco propõe que da esquerda para a direita cada um deve fazer um discurso de louvor ao amor. E Sócrates diz que ninguém se voltara contra a ideia de Eríximaco de que todos falassem sobre o amor. Fedro começa a fazer seu elogio ao amor.
Segundo ele, primeiro nasceu o caos e depois do caos nasceu a terra e o amor. Que o amor entre os deuses é o mais antigo e que a melhor coisa é entrar na mocidade como um amante. O amor deve guiar toda a vida do homem que está pronto para vive-la nobremente. Todo homem que ama, ao fazer um ato vergonhoso não se envergonharia tanto pelo pai ou amigos quanto por seu amado. A morrer pelo amor, só entende quem ama.
A reflexão da estudante Adriana Lima até o momento: o amor, ali, é entendido como algo simples, mas nas suas determinações são complexas.Assim o amor é destinado em duas partes a feia e bela. Ali, o amor considerado feia seria se humilhar, para a estudante Adriana, suplicar, buscamos o amor no dinheiro ou na beleza do corpo e etc. Isso não é amor são atitudes que se tornam feias. Já o amor belo seria entre dois indivíduos e que precisam ser construindo e ser unidos, sendo justo um com o outro para ser formar o bom e assim se tornarão sábios, um dos amores aqui está: o amor do saber!
Fedro (Por Isadora)
A estudante Isadora continua a explicar a história: Fedro em uma conversa com Aristodemo afirma que antes d
e conversar com Sócrates, gostaria de falar o que seria dito e começa afirmando que a única maneira correta de qualquer elogio a qualquer pessoa é no discurso, em seguida diz que primeiro louvemos o Amor em sua natureza assim tal como ele é, e depois seus dons, acrescenta que o Amor é de todos os deuses o mais feliz porque é o mais belo da forma que exatamente é, entre tantos outros deuses. 
O amor é o mais jovem dos deuses, uma vez que vence o tempo, logo a velhice e possui uma delicadeza, porém é necessário um poeta assim como Homero para mostra tal delicadeza, qualquer um pode ser poeta, porém é necessário que o Amor o toque. Segundo Aristodemo o amor permanece onde houver lugares floridos e bem perfumados, além de possuir coragem e ser justo. 
Em seguida, Sócrates afirma que não seria capaz de proferir algo tão belo, uma vez que refletindo sobre o discurso realizado por Aristodemo percebeu não sabia verdadeiramente o que era o Amor, achava que os elogios deviam dizer sempre a verdade, mas o importante é a preocupação de sempre procurar dizer tudo com muito Amor.

(Para a estudante Joana)
O texto relata e debate sobre o amor á sua natureza e origem, ail expressa o que é belo sobre ele,da vontade que todos os homens ou mulheres que o amor deve ser comum, em que todos e todas devem o quere e desejar, querem ter sempre, pois é bom, e o desejo que todos querem ter e que não é tudo que se é chamado de "amor" (coisas). ´Pois o amor ele nos remete vários caminhos seguir, de ter o amor como sempre algo bom, também se diz de como esse amor é gerado e concebido do corpo e da alma gerando o nascimento dessa beleza, da luz que transborda e afasta o sombrio ou a escuridão.
Onde o amor dos animais na sua concepção em gerar sua criação que sempre deixará uma nova especie em lugar do novo.
O debate sobre o amor (Por Marisa Cardoso)

Para a estudante Marisa, o debate sobre o amor prossegue tranquilamente, em seu discurso sobre o amor, Sócrates afirma que todo homem deve honrar o amor e cultivá-lo. Além disso, o mesmo elogia o poder e a virilidade do amor.
Depois que Sócrates assim falou, ouve-se a voz de Alcibíades no pátio, no qual este apresenta-se embriagado e pede que o leve para junto de Agatão. O mesmo ainda questiona se estando embriagado o receberiam. Todos o convida para entrar e Agatão chama-o, chegando a Agatão Alcibíades coroa o mesmo. Alcibíades ao ver Sócrates naquele lugar, questiona ao mesmo o porquê de estar ali, ao ouvir este questionamento Sócrates pede para Agatão o defender e reconciliar ele e Alcibíades, caso isto não aconteça e se Alcibíades o insultar ele usará a violência.
Após isso, Alcibíades bebe mais um copo e oferece a bebida para Sócrates, sendo que este aceita. Enquanto bebem, Eriximaco pede para Alcibíades.pede para Alcibíades proclamar um discurso sobre o amor, em seguida Sócrates que está a sua direita e assim por diante seguindo esta ordem. Alcibíades se nega e começa a falar um pouco de Sócrates, ressaltando que quando o mesmo fala todos ficam empolgados e auturdidos ao ouvi-lo. Além disso, ressalta também que os discursos de Sócrates são fortes e quando ele (Alcibíades) os escuta suas lágrimas escorrem e isso só acontece ao ouvir Sócrates.

De acordo com a pesquisa da estudante Patricia Ferreira: cada convidado presente no banquete oferecido por Agatão, faz um discurso para elogiar o “amor”. Porém, nesta parte do livro é a vez do anfitrião Agatão fazer o seu discurso sobre o deus Eros (deus do amor) e sobre o amor. Agatão inicia o seu discurso criticando os seus antecessores, pois segundo ele, estes somente enalteceram o que o deus do amor faz com o homem, então ele decide falar sobre os dons do amor e suas virtudes. Para o poeta “ Agatão”, Eros seria o mais jovem entre todos os deuses e seria marcado por sua beleza e suas virtudes (a justiça, o equilíbrio, a coragem, a bravura, a sabedoria e várias outras), discursa também sobre os atributos de Eros, dizendo que o amor é belo, que o amor atrai o belo, que o amor é o mais feliz. Entretanto, Agatão atribui ao amor todas as perfeiçoes imagináveis.
Afirma a estudante Tacita Manara, em certo momento a reflexão sobre o amor tem nova conotação, explica ela: Reuni do livro o banquete pág 41 à 44 Sócrates teve um diálogo com Diotima aonde eles falaram sobre o amor animal e humano e da reprodução que se dá em torno disso.O texto aborda muito sobre o amor em suas diversas formas , até sobre um amor impossível que estava sendo vivido por Sócrates,ele e seus discípulos enquanto bebem dialogam e relatam sobre amores e como o amor é o primeiro dos sentimentos e foi surgido do caos (explosão).
A história prossegue pela estudante Lais.
Durante grande parte da história aconteceu o debate ou a reflexão sobre definição do amor e sobre suas diversas faces, como a diferença do amor de um amante com o amor de um amado, algo que me deixou um pouco pensativa, sobre a definição que tinha pra mim sobre o amor. E como diz alguns personagens do livro o amor é o Deus mais antigo de todos, desde a criação da terra, aonde a firmamento a amor. No entanto ao final do livro, aonde todos se encontram já se encontram embriagados, Socrates depois de todos debates sobre a temática, passa a madrugada inteira refletindo e quando o sol aparece na linha do horizonte de pouco a pouco os personagens vão adormecendo.
A reflexão da estudante Sueli Machado: o amor não está apenas nas almas dos homens, não é apenas para os jovens mas para qualquer criatura. O duplo amor se caracteriza no sadio e o mórbido são cada um reconhecidamente um estado diverso e dessemelhante. Deve-se saber transformar, de modo que se adquira um em vez do outro, que saiba tanto suscitar amor onde não há mas deve haver, quando eliminar quando há. É preciso ser capaz de fazer com que os elementos mais hostis no corpo fiquem amigos e se amem mutuamente. Combinação de discordantes, enquanto discordam, é impossível, é inversamente o que discorda e não combina é impossível harmonizar. Na própria constituição de uma harmonia e de um ritmo não é nada difícil reconhecer os sinais de amor.Os homens moderados ou as mulheres e para que esse ou essas mais moderados se tornem, os que ainda não sejam, deve-se aquiescer e conversar o seu amor, que é o belo, o celestial. Tanto na música então, como na medicina e em todas as outras artes, humanas e divinas, na medida do possível, deve-se conservar um e outro amor. Toda impiedade, com efeito, costuma advir, se o amor moderado naonse aquiesce nem se lhe tributa honra e respeito em toda ação, e sim ao outro, tanto no tocante aos pais, vivos e mortos, quanto aos deuses, e foi assim que se assumiu a arte divinatória produtora de amizade entre Deus e homens, graças ao conhecimento de todas as manifestações de amor que, entre os homens, se orientam para a justiça divina e a piedade. Assim múltiplo e grande, ou melhor, universal é o poder que em geral em todo o amor, mas aquele que em torno do que é bom se consuma com sabedoria e justiça, entre nos como entre os Deuses, é o que tem o máximo poder e toda felicidade nos prepara, pondo-nos em condições de não nós mantermos convívio e amizade, como também com os que são mais poderoso que nós os deuses.
Considerações finais! 
Precisa?

Obrigado meninas, pedagogas em potencial do turno do matutino (primeiro semestre) de 2019, beijo em cada coração!
Até daqui a pouco para finalizarmos a disciplina!

Diálogos / Platão ; seleção de textos de José Américo Motta Pessanha ; traduções e notas de osé Cavalcante de Souza, Jorge Paleikat e João Cruz da Costa – 2. ed. – São Paulo : Abril Cultural, 1983.